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As selfies das empreendedoras brasileiras

Confira o retrato de mulheres que têm seu próprio negócio - e ainda têm tempo de saírem bonitas nas fotos das redes socias

Giuliana Tenuta, Paula Saviolli, Renata Kliot e Rodrigo Neri

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Começar um negócio pode ser uma tarefa assustadora, especialmente para as mulheres, já que o mundo corporativo é tradicionalmente mais masculino do que feminino. Mas, este cenário vem mudando e é cada vez mais comum ver mulheres administrando e criando grandes empresas. Segundo a pesquisa do GEM (Global Entrepeneurship Monitor) do ano passado, 52% das pessoas que resolveram abrir um negócio em quatro estados brasileiros são mulheres.

O empreendedorismo é um campo único de negócio, em que qualquer um pode aprender e praticar, mas pouco são os que dominam. Embora não exista uma lista absoluta de qualidades que descrevem o espírito empreendedor, confira histórias de mulheres que conquistaram seu espaço no mercado de trabalho.

Empreendedoras no Brasil

 FOTO_Viviane-Duarte

“Empreender é para as fortes!” – A história de uma jornalista apaixonada por marketing e por projetos que mostrem a força das mulheres nos negócios

“Coragem, atitude e brilho nos olhos”, essa é a essência da empreendedora, segundo Viviane Duarte, criadora do site Plano Feminino e do projeto #365 empreendedoras, em que explora histórias e experiências de mulheres bem-sucedidas nos mais diversos nichos de trabalho.

Especialista em marketing digital, com foco em estratégias para o público feminino e com MBA em Comunicação e Negócios, Viviane já criou projetos e conteúdos multimídia para Sercomtel, Seda, Brilhante, Unilever, Morena Rosa, entre outras marcas. Foi da curiosidade em saber o que motiva as mulheres a mergulharem de cabeça no mercado que surgiram seus projetos. “A ideia é compartilhar, dar voz às mulheres e inspirá-las a encontrarem um caminho para colocar seus planos em ação”, completa.

Para as mulheres que, além de trabalhadoras, são mães, esposas, namoradas e amigas, pode ser difícil sair da zona de conforto para seguir um caminho nada seguro do mundo dos negócios. “Empreender é uma palavra bonitinha, tá na moda, mas exige um esforço tremendo”, o lado empreendedor de Viviane se exalta. “Aprender a delegar faz parte do jogo e mesmo em meio a tantas tarefas, tirar um tempo só para você, fará toda a diferença no dia a dia”, afirma.

Outra dificuldade é a relação que a mulher tem com o dinheiro. Quem nunca teve a dificuldade de deixar passar o impulso de comprar aquele vestido que está namorando na vitrine há tempos que atire a primeira pedra. Isso pode ser um empecilho para as brasileiras que querem ingressar no mercado de forma diferenciada. “Muitas mulheres se perdem porque não conseguem controlar o consumo”, diz. Para ela, quem que quer ser bem-sucedida tem que aprender a guardar e investir o dinheiro em seu projeto. “Não é fácil abrir mão de uma bolsa de grife, um restaurante bacana, um final de semana incrível num lugar qualquer, para investir no seu negócio”, completa.

#365empreendedoras

As mulheres estão cada vez mais presentes nas universidades e com cargos de mais destaque nas empresas. Viviane Duarte quis ouvir mulheres que chegaram lá e tem histórias de sucesso. Ao ter contato com elas, a jornalista percebeu que todas têm uma vontade enorme de fazer acontecer. “Elas são apaixonadas, têm tesão por suas ideias e contagiam as pessoas ao seu redor”, diz.

Não existe uma fórmula pronta para o sucesso, mas, para quem quer ser como ela e embarcar em projetos novos, Viviane aconselha: “a dica é acreditar e não ter medo de arriscar. É preciso conhecer bem o negócio que você quer empreender e ter uma boa rede de contatos”.

A união faz a empreendedora

denise

A empresária Denise Damiani tem experiência com consultoria e criou um projeto para ajudar mulheres que desejam crescer no mercado.Trabalhando na área há 30 anos, Denise diz que “ser consultora é parte do meu DNA”, e após todos esses anos de vida corporativa sendo a única mulher na sala, resolveu descobrir qual era o empecilho para que outras mulheres chegassem aos altos escalões das empresas.

Depois de conversar com diversas mulheres de países diferentes, chegou à conclusão de que era a falta de segurança financeira que as impedia de tentar crescer na carreira. “Não achavam que podiam exigir mais por falta de uma rede de segurança, um dinheiro guardado e a necessidade de ter o emprego”, conta.

Quando se deparou com esta cena, Denise quis fazer algo por todas essas mulheres e decidiu criar um projeto de consultoria especializado para mulheres que querem empreender e para empresas que têm intenção de fazer as mulheres crescerem em suas companhias.

“Eu acredito que as mulheres precisam ter poder para que a vida nas empresas, no mundo do trabalho e na vida em geral possa ser vivida no bem estar. Mulher que tem poder muda o mundo para melhor ao seu redor, se não tiver medo de que vá perder o emprego por fazer a coisa certa”, diz Denise, que completa: “Já existem estudos que demonstram que as empresas com mais mulheres no alto escalão tem melhores margens. As multinacionais já incorporaram nas suas metas e planos aumentar esta participação, mas infelizmente no Brasil isto ainda é ‘discurso’. Ainda há um grande trabalho a fazer na conscientização e implantação de programas que ajudem as mulheres a ficarem e crescerem na empresa”.

Denise acredita que as mulheres devem se unir e aproveitar os grupos de apoio como o dela, que surgem para beneficiar mulheres que querem empreender, mães que querem trabalhar, etc. É através dessa união e apoio que elas podem crescer e alcançar resultados cada vez melhores e maiores.

Mais além 

Outras empreendedoras também se mobilizaram para levar à outras mulheres opções melhores de vida. A franco-italiana Estelle Rinaudo, por exemplo, ajudou à criar o site Amuseworld, uma plataforma multimídia para garotas entre 6 e 12 anos, que as ajuda a aprender e a interagir através da internet, e cria novas musas inspiradoras que são modelos de educação e cidadania. Estelle também trabalha para criar a versão brasileira da ONG Girls in Tech, Organização presente em mais de 18 países que procura transformar mulheres que trabalham no mundo da tecnologia em fontes de inspiração e conhecimento para outras garotas.

Conheça um pouquinho mais sobre o Amusewolrd aqui: Amuseworld

Esses projetos são uma forma de fazer com que a mulher, desde pequena, expanda seus horizontes no mercado de trabalho e seus conhecimentos para toda a vida.

Empreendedorismo rosa

Lênia, Aline e Vânia

“Somos a soma de paixão, inovação, determinação, inspiração, motivação e comprometimento”, diz Lênia Luz, fundadora do Empreendedorismo Rosa. Iniciado na sala 9 da FGV (Fundação Getúlio Vargas), a turma 5 do projeto 10.000 Women, patrocinado pelo banco Goldman Sachs e desenvolvido em conjunto com o IE Business School, renomada escola espanhola de gestão, não podia prever o que iria surgir ali. O projeto idealizado por Lênia Luz e Nísia Teles durante o curso tem como objetivo inspirar mulheres que desejam empreender. Em setembro de 2013, Nísia saiu do Empreendedorismo Rosa para tocar um projeto pessoal, o Markentista. E juntaram-se a Lênia, Aline Caldas e Vânia Oliva para continuar levando o projeto adiante.

Para Lênia, o maior aprendizado que ela teve durante esses anos de Empreendedorismo Rosa é de que juntas, as mulheres são mais fortes e tudo é possível. E quando perguntada sobre as dicas que ela da para uma mulher que deseja começar um novo negócio e empreender, ela diz “reúna pessoas que sonhem e tenham comprometimento para fazer acontecer. Dedique tempo e muito estudo. Tenha uma boa rede de networking. Tenha foco, força e fé e realize para e por você e para as outras mulheres”.

BOX

Dica da Vivi: O Sebrae trata do tema de uma forma bastante competente e tem diversas oportunidades de networking e conhecimento para as mulheres que querem empreender. Além disso, existem diversos cursos e encontros acontecendo pelo país, criados por mulheres que querem compartilhar suas experiências e aprender mais sobre o mundo dos negócios. Alguns também são realizados por mídias do segmento.

Dica da Denise: Para empreender, pesquise a área, converse com que já está no ramo há tempos; Procure ajuda para criar o empreendimento; Não fique sozinha, não ponha dinheiro antes de entender do que se trata;

Acho que o melhor negócio é aquele onde você encontra a intersecção do que

1)O Mundo Precisa;

2) O Mundo Paga;

3) Eu gosto de fazer;

4) eu sei fazer.

 

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